Ta certo que para a Bea até que não seria a missão mais difícil de sua vida, mas pra Keilinha sim, afinal, que loja vende jaleco pra criança?? NENHUMA!
A gente entrou em muitas lojas, mas qualquer jaleco de tamanho PP ficava enorme nela.
O da lojinha da faculdade então... Sabe quando criança pega a roupa dos pais e ficam parecendo boneco de posto?? Pois é, a Keh ficou a cara. Foi o único dia que vi o Lucas gargalhar [Lucas é um amigo nosso].
Como uma amiga nossa comprou o jaleco dela perto do Kalunga a gente resolveu tentar ver se achávamos um pra Keila nessa loja.
No dia em que fomos á procura desse jaleco o céu estava realmente lindo, sem nuvens, num tom de azul maravilhoso e com sol [muuuuuito sol mesmo]. A gente rodou, rodou e rodo, mas quem disse que a gente achava essa maldita loja!?!
Foi aí que tivemos a brilhante idéia de irmos na avenida Brasil, que também tem umas lojas especializadas em jalecos....só tinha um probleminha: nós duas somos não fazíamos idéia que pra que lado ficava a avenida!
Tudo estava conspirando contra nós, mas somos brasileiras e não desistimos nunca. Mesmo a gente já estando pretas de queimadas pelo sol, cansadas de tanto andar e com mais sede que camelo no deserto, não iríamos desistir sem antes comprar o jaleco perfeito.
Neste exato momento vimos uma perua [aquelas combes bem velhas sabe?] da Toca de Assis e como já tínhamos ouvido falar sobre eles, decidimos perguntar para eles onde ficava a avenida. O que a gente não esperava é que o motorista não estava na perua e que o cara sentado no banco do passageiro se achava o Che* [meu ele era muito engraçado, usava um chapéu no estilo do Che e como o que ele estava usando não tinha a estrela ele simplesmente pegou um pano e cortou uma estrela!! ... que coisa mais linda!]
Quando o motorista da van apareceu, disse que estava indo perto do nosso destino e que poderia nos dar carona.
BELEZA, ESTAMOS SALVAS!!....que nada. Como desgraça pouca é bobagem, santo nenhum fazia a combe pegar. Cara eu juro, tentei segurar o meu riso. Mas não consegui e pra piorar a Keila também começou a rir comigo.
Pronto, a crise de riso começou. E quando nossa crise começa não para mais, quanto mais a gente tenta parar mais ri. É péssimo isso! Ai pra piorar o motorista perguntou de que a gente tava rindo. O que eu ia falar??? “ah to rindo de estar preta, com sede, numa combe véia com um cara que se acha o Che” ?? NÃO!!
Ai é claro que eu, como ótima amiga que sou e querendo me livrar da culpa de ter começado a rir coloquei a culpa na Keila!
Já estava imaginando a cena... Cansadas, com sede, calor, empurrando uma combe velha até a tal avenida Brasil... E SEM O BENDITO JALECO!!!
Mas, por um milagre divino, aquele “poisé” pegou.... Oba... Estamos salvas... agora é só comprar o jaleco e ir para casa feliz da vida!! Engano meu ( de novo) Nossa jornada estava longe de acabar...
Nas lojas da avenida Brasil até que tinham uns modelos bonitinhos e acreditem, serviram pra Keh... mas era caro pra *afhjgasuytrytg ( palavrão), e não tinham o símbolo da Biologia ( Meu pra que um jaleco sem o símbolo do nosso curso? Profissão tão bonita, quero mais é me exibir).
Tivemos a brilhante idéia de ligar pra nossa amiga que tinha comprado. Aí vc se pergunta: Pq estas duas antas que vos escrevem não pensaram nisso antes?? Sem respostas!!
E novamente tudo se fez claro em nossas vidas... apesar de ter que voltar ao ponto inicial (pq com certeza a gente não ía mais aceitar carona de ninguém) deu tudo certo... achamos a loja... compramos o jaleco... e tudo que aconteceu depois foi normal... tirando não encontrar nenhum lugar decente pra comer, achar um bicho no meio do salgado, cair dentro do ônibus e chegar atrasada no estágio, a ponto de ficar cinco minutos lá e dar a hora de voltar pra casa...
O pior é que a avenida Brasil nos persegue... essa foi só a primeira vez que fomos lá... Nos próximos posts contaremos mais de nossas desventuras em série...
Bjooo
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